Um dos cursos que formam o tripé da Comunicação Social em grande parte das universidades - junto com Jornalismo e Publicidade e Propaganda - a faculdade de Relações Públicas forma profissionais que funcionam como verdadeiras pontes de comunicação nas empresas. Dentro deste conceito, o RP, como é chamado o profissional, pode atuar em duas frentes: na comunicação interna, fazendo as informações da empresa circularem entre os colaboradores, ou externa, levando informações aos diferentes públicos de interesse da companhia para a qual trabalha.
Mercado - Segundo a coordenadora do curso na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Souvenir Maria Graczyk Dornelles, o RP, como é chamado o profissional, costuma atuar dentro de grandes empresas, nas áreas de comunicação corporativa, comunicação interna ou endomarketing. O leque de empregos também inclui assessorias de comunicação, empresas de pesquisas e auditorias de opinião, consultorias de planejamento e organização de eventos, produção cultural, prevenção e gerenciamento de crises de imagem e campanhas de relações públicas. Hoje, a média salarial para um recém-formado gira em torno de R$ 1,6 mil.
É pra você? - A professora da PUCRS lembra que, como em todos os cursos sob o guarda-chuva da Comunicação Social, é preciso gostar de pessoas. Curiosidade, flexibilidade para poder trabalhar relacionamentos com os mais diversos públicos, desenvolvimento de visão estratégica são outras características essenciais para ser um relações públicas bem-sucedido.
O que vem por aí - Souvenir diz que há pesquisas que indicam que Relações Públicas está na lista das 10 profissões mais promissoras. "Finalmente, executivos, governantes, empresas e instituições de um modo geral vêm percebendo 'relacionamento' como sendo a palavra-chave para o futuro sucesso organizacional", afirma. Conforme a coordenadora, o aumento da exigência dos consumidores de posturas transparentes de empresas públicas e privadas, além da visibilidade proporcionada pela mídia e pelas novas tecnologias, valoriza a atividade, abrindo novos espaços de trabalho. "Assim, todas as áreas que implicam negociação, conflitos e crises, comunicação digital, novas linguagens de comunicação, ouvidorias e relações com a mídia estão em expansão", cita.
Diferencial - Apesar de não ser obrigatório, o estágio é fundamental desde o começo do curso, que dura quatro anos. "Uma das principais dificuldades para quem está começando, como em toda a profissão, é a experiência exigida por parte dos espaços de trabalho. Mas tem que, de alguma forma, começar. E isto tem que ocorrer durante o curso, não deixando para depois de formado", avisa Souvenir.
Outras dicas da professora: aproveitar o ambiente que a faculdade proporciona. "Ou seja: trabalhar nos laboratórios experimentais junto com os professores orientadores, já começando sua rede de relacionamentos, ler muito, buscar informações de mercado, falar e escrever outro idioma e, acima de tudo, ir além, se interessando em acompanhar a evolução da sociedade.
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