quinta-feira, 24 de junho de 2010

Ciências Aeronáuticas

Viver nas nuvens e acordar cada dia em um lugar diferente costumam ser motivos para sonhar com a faculdade de Ciências Aeronáuticas. Gostar de viajar e estar de olho nas últimas tecnologias, além de ser extremamente detalhista, são pré-requisitos para o futuro piloto de avião.

Mercado - A faculdade de Ciências Aeronáuticas forma profissionais aptos a conduzir aeronaves, desde as de pequeno porte, como táxis aéreos, até as de grande porte, como os Airbus e Boeings das frotas das companhias aéreas.
Uma das maiores dificuldades para arrumar emprego nas grandes companhias aéreas é o número de horas de vôo no currículo. Isso porque elas são pagas à parte, em aeroclubes, e não são baratas: estima-se que a formação básica de um piloto, entre a faculdade e as horas de vôo, não saia por menos de R$ 250 mil.
Conforme o professor Elones Fernando Ribeiro, do curso de Ciências Aeronáuticas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), os alunos saem da faculdade com 165 horas de vôo simulado no currículo. Porém, as companhias aéreas têm exigido mais de 500 horas. "Normalmente, o recém-formado vai ser instrutor de vôo em aeroclubes, com uma faixa salarial baixa. Porém, este profissional precisa deste emprego para poder fazer mais horas de vôo", explica. A recompensa vem depois. O piloto Daniel Panetta, 29 anos, de São José dos Campos (SP), formado pela PUC-RS, conta que o salário inicial de um co-piloto fica em torno de R$ 9 mil no País.

É pra você? - O professor da PUC-RS destaca que o profissional vai trabalhar em um ambiente de alta tecnologia. Assim, é importante que o futuro piloto goste de "dominar a máquina". A obsessão pelo erro zero e o detalhismo são fundamentais. O desapego à rotina na vida pessoal também é importante.

O que vem por aí - Desde a crise e a posterior venda da então maior companhia aérea do País, a Varig, que já foi a maior empregadora dos formandos em Ciências Aeronáuticas, o mercado mudou. Uma novidade é a migração de mão-de-obra brasileira para países em forte expansão, como os da Ásia e do Oriente Médio. Panetta, que trabalhou na Varig e na TAM, recebeu neste ano uma proposta para trabalhar na Qatar Airways, no Catar.
Outra linha de atuação são os concursos públicos. Elones Ribeiro conta que diversos formandos da PUC-RS optaram por serem inspetores de vôo da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Diferencial - Tanto o professor quanto o ex-aluno são unânimes em recomendar um bom aeroclube para a formação básica das horas de vôo. "As empresas buscam sempre os melhores formados", avalia Ribeiro, lembrando que muito estudo também é fundamental.
Fonte: Terra

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