quinta-feira, 24 de junho de 2010

Cinema/Roteiro

De um jogo para celular a um vídeo institucional, todo produto audiovisual requer, antes de tudo, um roteiro. Ele é a base da produção, é nele que idéias tomam forma. Muita gente alia a profissão de roteirista apenas ao cinema e à TV, mas as áreas de atuação são variadas - e, com a chegada de novas tecnologias, têm se expandido.
O roteirista não precisa cursar uma faculdade para encontrar lugar no mercado. Mas o curso de Cinema - que forma também diretores, produtores e outros profissionais da indústria - é uma ótima porta de entrada para experimentar, fazer contatos e dar os primeiros passos na profissão. Cursos específicos, no Brasil e no Exterior, também fornecem as ferramentas e técnicas para transformar as idéias em um roteiro.

Mercado - O profissional de roteiro pode escrever para televisão, teatro, cinema, rádio e empresas. De acordo com Renê Belmonte, vice-presidente da Associação de Roteiristas (AR), o principal mercado continua sendo televisão. "É também o mais disputado e com o menor número de produções", ressalta. A profissão não é regulamentada no Brasil, mas a AR mantém em seu site (www.ar.art.br) uma tabela com valores mínimos para o trabalho de roteirista. "Mas, honestamente, eu não me preocuparia tanto com salário no começo da carreira. Nesta fase, o mais importante é conseguir currículo e conhecer pessoas", diz Belmonte.
Encontrar alguém que acredite no seu trabalho é, segundo Belmonte, a maior dificuldade para quem está começando. Além de apostar na rede de contatos, é importante não descuidar da formação pessoal, que se reflete na qualidade dos textos. "Fazer cursos, viajar, estudar por conta própria, tudo isso conta. É da soma dessas experiências que seu talento, seja ele qual for, vai se aproveitar. Formação teórica é essencial, mas é apenas a base. Experiência, contatos e persistência é que fazem a diferença", conclui.

É pra você? - Gostar de escrever e ser criativo é essencial, mas não é tudo. Para Belmonte, um bom roteirista também deve ser curioso, ler bastante e gostar de estar bem informado. "'É importante sentir algum tipo de desconforto em relação ao mundo, condição essencial para se criar um mundo interior próprio. E gostar de pessoas, que são a matéria prima para bons personagens", destaca.

O que vem por aí - As novas mídias, como celular e TV digital, estão chegando como uma grande promessa. Projetos ligados a essas áreas são responsáveis pelo surgimento de novas vagas. O mercado de cinema brasileiro está voltando aos poucos e tem despertado atenção fora do País. Por causa desses fatores está havendo uma mudança no perfil do profissional: ele precisa falar inglês, dominar as novas tecnologias, ou seja, dominar as ferramentas que estão surgindo.

Diferencial - As faculdades de cinema oferecem aos alunos as ferramentas para realizar seus próprios curtas-metragem e comerciais. Aproveite o curso para fazer contatos e parcerias e, principalmente, experimentar. "Entre em editais, participe de festivais, aproveite cada chance de mostrar seu trabalho", diz Belmonte. As produções caseiras não precisam ser sinônimo de improviso. Um vídeo bombando na Internet pode ser o primeiro passo na carreira.
Redação Terra

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