quinta-feira, 24 de junho de 2010

Ciências da computação


Profissionais criam "cérebros" por trás da máquinas



Talvez não seja exagero dizer que o mundo, tal como o concebemos hoje, seria inviável sem os computadores. Eles estão em toda parte – em casa, na escola, no trabalho, nos cibercafés e em outros locais públicos. Podem ser usados para o simples lazer, na pesquisa, nos diagnósticos médicos, na construção de plataformas de exploração de petróleo em alto-mar, no gerenciamento do sistema financeiro de um país, na previsão do tempo, no controle do tráfego aéreo.Para que os computadores existam e tudo isso seja possível, é preciso que alguém desenvolva programas para eles funcionarem: o cérebro por trás da máquina. Estamos falando do bacharel em ciência da computação. Seu campo de atuação é tão vasto quanto as inúmeras aplicações do computador e permeia praticamente todas as atividades humanas. Mas, grosso modo, esse profissional vai atuar na criação de softwares básicos ou científicos, em redes de computadores, no desenvolvimento de hardwares e de sistemas de informações.O cientista da computação é capacitado a contribuir para a evolução do conhecimento do ponto de vista científico e tecnológico e a utilizar esse conhecimento na avaliação, especificação e desenvolvimento de ferramentas, métodos e sistemas computacionais. Pode seguir diferentes caminhos, dentre os quais destacam-se a atuação em carreira acadêmica, em empresas da área de informática e como empreendedor na área.Para trabalhar nesta profissão, é desejável que o candidato tenha capacidade lógica e aptidão para a área das Exatas. Outras características importantes são curiosidade, sobretudo em relação às novas tecnologias, e vontade de adquirir novos conhecimentos.Durante a graduação, recomenda-se que o aluno procure ampliar seus conhecimentos. Ele não pode se limitar às atividades desenvolvidas em sala de aula. Ao contrário, deve participar das diferentes atividades extracurriculares que lhe são oferecidas, como cursos de extensão universitária, programas de iniciação científica, empresa júnior, monitoria, estágios, participação em eventos, etc. Agindo dessa maneira, o formando adquirirá aptidões que facilitarão sua inserção no mercado de trabalho.
A área de informática, que engloba segmentos como computação e análise de sistemas, exige aprimoramento constante. "O mercado de trabalho na área de computação está bem aquecido, em parte, devido ao crescimento da economia verificado nos últimos anos", diz o coordenador do curso de Ciências da Computação da Universidade de Campinas (Unicamp), Ricardo da Silva Torres. O profissional atua no desenvolvimento de produtos de software e também em áreas cujo foco principal é a informática. As vagas aparecem, normalmente, em empresas de produção de computadores, produção de software, grupos financeiros, centros de pesquisa e desenvolvimento, universidades, estabelecimentos de ensino e serviços públicos.

Mercado - Atualmente, os profissionais mais bem-remunerados trabalham na área de telecomunicações e de desenvolvimento de soluções para empresas. Está em expansão a área de desenvolvimento de aplicativos para integração de tecnologias (celular com Internet, TV com Internet, celular com satélite, entre outros). Empresas de informática especializadas em segurança na comunicação de informações estão ampliando seus quadros de analistas. Companhias de médio e grande portes vêm formando, cada vez mais, equipes de helpdesk, ampliando o mercado para profissionais em início de carreira.
Conforme Torres, antes de escolher o curso, o estudante deve prestar atenção na qualidade do corpo docente, estrutura (elenco de disciplinas, carga didática e currículo), infra-estrutura oferecida pela universidade, oportunidades de emprego na região e visibilidade do curso no mercado de trabalho. O professor explica que a remuneração inicial depende da experiência prévia em estágios e da região do País. Um recém-formado pode ganhar entre R$ 1.500 e R$ 3.000, em média.
É pra você? - Você pode deslanchar na área se tiver espírito investigativo e interesse em descobrir e trabalhar com inovações, em um mercado que está em constante atualização. É interessante também ter habilidade com números, raciocínio lógico, interesse por eletrônica e desenvolvimento de processos.
O que vem por aí - Apesar da demanda crescente por profissionais da área de computação no Brasil e no mundo, tem se verificado uma redução na procura pelos estudantes. Diante deste cenário, vários cursos na área de computação vêm sendo modificados. Uma tendência é a estruturação dos cursos em modalidades. Os alunos têm que cursar um grupo de disciplinas básicas (que apresentam conceitos na área de computação) e, em seguida, optar por modalidades que tratam de temas mais específicos (resolução de problemas, engenharia de software, teoria da computação, etc). Uma outra tendência aponta a inclusão de disciplinas nos cursos de computação que contribuam para uma formação mais e multidisciplinar dos alunos.

Diferencial - Um dos caminhos para aproveitar ao máximo a faculdade é participar de projetos de pesquisa na iniciação científica ou em estudos dirigidos sob orientação de professores. Fique de olho na abertura de programas de estágio de empresas. Atividades extracurriculares também podem contribuir para a complementação da formação e, conseqüentemente, para que o aluno se destaque durante o curso. Exemplos de atividades deste tipo são: participação em entidades estudantis como centro acadêmico, atlética e empresas juniores.
Fonte: Terra

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