quinta-feira, 24 de junho de 2010

Engenharia de Produção


Este braço da Engenharia dedica-se ao projeto e à gerência de sistemas que envolvem pessoas, materiais, equipamentos e o ambiente. É responsável por fazer o projeto, a implantação, a operação, a melhoria e a manutenção de sistemas produtivos integrados de bens e serviços. De certo modo, como define a Abepro (Associação Brasileira de Engenharia de Produção), “é a menos tec­no­ló­gica das engenharias, na medida em que é mais abrangente e genérica, englobando um conjunto maior de conhecimentos e habilidades”.Durante o curso, o aluno tem aulas relacionadas a economia, meio ambiente, finanças, o que faz até algumas pessoas confundirem este profissional com um administrador de empresas. No entanto, em sua formação ele recebe uma carga de conhecimentos tecnológicos típicos da engenharia, com aulas de química, física e matemática, complementadas por materiais, desenho técnico, ele­tro­téc­ni­ca, automação industrial etc.O engenheiro de produção pode trabalhar em diversos setores da economia, tanto na manufatura quanto em serviços, tais como em indústrias, hospitais, bancos e empresas de consultoria. Considerando sua capacidade de lidar com sistemas produtivos, está habilitado a trabalhar em funções multidisciplinares, como gestão ambiental e sistemas diversos em que a produção de bens e serviços seja variável de grande impacto.A visão multidisciplinar aplicada ao gerenciamento da produção é justamente o que caracteriza essa modalidade de engenharia. Por isso, para seguir essa carreira o candidato deve ter espírito empreendedor, facilidade para trabalhar em equipe, raciocínio lógico, sensibilidade social e aptidão para uso de recursos de informática.O engenheiro de produção precisa ser criativo e capaz de fazer abstrações, sabendo ouvir e expressar com clareza suas ideias, pois ao longo da carreira vai interagir com colaboradores com características muito distintas, o que exigirá sensibilidade e capacidade de interação com o “diferente”.Este profissional deve manter seus conhecimentos atualizados e procurar fazer especializações. Já durante a formação na graduação, ele pode fazer iniciação científica e participar de empresas juniores, núcleos de estudos, monitorias, estágios de férias, serviço social voluntário, entidades estudantis e organização de eventos.Depois de formado, o profissional pode dar continuidade a sua formação de forma mais focada e fazer um MBA, pós-graduação, cursos de pequena duração e estágios no Exterior. Com uma formação sólida não será difícil encontrar lugar de destaque no mercado de trabalho, pois essa é a modalidade da engenharia com maior grau de empregabilidade, no momento, no Brasil.

Não é difícil encontrar engenheiros em cargos administrativos dentro de empresas de todos os tamanhos. E um dos cursos que mais prepara o profissional para estes cargos, que mesclam o conhecimento técnico aos conceitos de gestão, é a Engenharia de Produção.
A menos tecnológica das engenharias - segundo palavras da própria Associação Brasileira de Engenharia de Produção (Abepro) - é também a mais generalista: tem tantas disciplinas de gestão que chega a se confundir com a faculdade de Administração de Empresas. No currículo, aulas de administração, comércio, contabilidade e técnicas de gerência se misturam ao conteúdo técnico, como disciplinas de química, física, matemática, materiais, desenho técnico, eletrotécnica e automação industrial.
Mercado - A Abepro cita como tarefas próprias do engenheiro de Produção nada menos que dez áreas: gestão da produção, da qualidade, econômica, de produto, estratégica, de organizacional e ambiental, além de ergonomia, pesquisa operacional e a área acadêmica. Conforme o coordenador do curso de Engenharia de Produção da Unisinos (RS), Jacinto Ponte Júnior, estas tarefas costumam ser executadas pelo profissional em indústrias, empresas de serviços e bancos.
Com tanta variedade de áreas para atuar, o profissional sai da faculdade empregado, comenta Ponte Júnior. "Em geral, nossos egressos não têm muita dificuldade de entrar no mercado de trabalho, pois trabalham em funções correlatas durante quase todo o período do curso de engenharia", diz. O piso é de seis salários mínimos para o engenheiro iniciante.


É pra você? - Como em todas as engenharias, é importante que o futuro profissional tenha afinidade com temas próprios da carreira, física, química, matemática. Mas, mesmo que você tenha passado pelo Ensino Médio detestando alguma dessas disciplinas, não desista. "É um mito achar que só porque o aluno gosta de matemática vai ser bom engenheiro ou o contrário", avisa o coordenador da Unisinos. "Às vezes, o aluno não gosta da matemática porque não foi despertado convenientemente para ela. E um excelente engenheiro em potencial pode ser tolhido por este paradigma."

O que vem por aí - A geração de "engenheiros-administradores" nas empresas está só começando, aposta Ponte Júnior. "O engenheiro está ampliando seu leque de atuação. Não só as áreas industriais, mas também os setores de serviços e área financeira têm sinalizado para o engenheiro com boas perspectivas. Tudo pela capacidade que tem de modelar matematicamente os cenários e o seu raciocínio lógico", explica o professor.

Diferencial - É importante que o futuro engenheiro de produção seja dinâmico e goste de trabalhar em equipe. "O diferencial está no conhecimento e na qualificação técnica", lembra Ponte Júnior, portanto, se dedique aos livros. "Além disso, bons conhecimentos de português e idiomas adicionais são fundamentais."

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