sexta-feira, 25 de junho de 2010

Terapia Ocupacional


A Terapia Ocupacional é uma profissão da área da saúde voltada para as atividades humanas. O princípio que rege a profissão, mais conhecida como TO, é o de que vida é atividade. E que saúde significa não somente ausência de doença, mas também bem-estar físico, psicológico e social.Os serviços de TO são necessários quando existe disfunção ou risco de disfunção ocupacional em qualquer fase da vida da pessoa. Do ponto de vista da área, “ocupação” abrange atividades de autocuidado, produtivas (tais como trabalho, educação) e de lazer que podem ser prejudicadas por fatores pessoais e ambientais.A terapia é indicada para melhorar o desempenho funcional da pessoa, prevenir incapacidade e atraso de desenvolvimento. O uso de atividades motoras no tratamento e de adaptações ao meio onde o paciente vive/trabalha são ferramentas legítimas e diferenciais dos terapeutas ocupacionais. Contudo, esses profissionais também podem conduzir seus atendimentos por meio de métodos e técnicas que não incluam o uso permanente de atividades. O propósito é fazer com que o indivíduo alcance sua autonomia e independência.Os terapeutas ocupacionais podem atuar em diferentes especialidades médicas, como neurologia, ortopedia, psiquiatria, geriatria, dentre outras. Seus serviços são necessários em situações de hospitalização por diferentes causas e diante de enfermidades crônicas que exijam atenção nos domínios das habilidades motoras, cognitivas e emocionais.Atendimentos domiciliares, no am­bien­te escolar e de trabalho também são realizados pelos terapeutas ocupacionais. Destaca-se também a importância do trabalho desse profissional na humanização do ambiente hospitalar e no campo da saúde do trabalhador.O uso de atividades propositivas, a adaptação de utensílios e de mobiliário, as mudanças nas demandas ambientais, as prescrições e o treinamento para o uso de órteses são exemplos de recursos utilizados por terapeutas ocupacionais.

Reorganizar a vida de pessoas que possuem alguma disfunção é uma das principais atribuições do terapeuta ocupacional. É este profissional da área da saúde que vai ajudar um paciente destro que sofreu uma paralisia no braço direito, por exemplo, a reaprender a escovar os dentes, pentear os cabelos ou amarrar os sapatos.
"Existem áreas mais tradicionais em que a presença do terapeuta ocupacional já está sedimentada como na área de saúde mental e na área de reabilitação física, como por exemplo, de pacientes com seqüelas neurológicas, como vítimas de derrames, com seqüelas de paralisia cerebral, lesões e traumas ortopédicos e reumáticos e no atendimento a idosos em instituições asilares", enumera o professor e vice-coordenador do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), Nilson Rogério da Silva.
Mas estas não são as únicas atribuições do terapeuta ocupacional. Ele também atua na prevenção de disfunções e atua diretamente para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Assim, trabalha também na área da ergonomia, ou seja, a interação entre as pessoas e um sistema, que pode ser a escola ou seu ambiente de trabalho.

Mercado - Os profissionais da área podem trabalhar em hospitais gerais e psiquiátricos, ambulatórios, clínicas, escolas, creches, atendimento domiciliar, centros de saúde, programas de saúde da família, centros de reabilitação e comunitários, instituições penais e também em empresas e centros de referência em saúde do trabalhador, na área da ergonomia. "A população atendida pelo terapeuta ocupacional envolve crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos", diz Silva. Ele explica ainda que a profissão tem um piso: em torno de R$ 1,4 mil mensais. "Mas os valores de mercado variam de acordo o Estado e municípios."

É pra você? - Como todas as profissões da área da saúde, é preciso que o futuro terapeuta ocupacional goste de gente. "É preciso um olhar humanístico, que considera a pessoa e os diferentes contextos que estão sendo afetados por algum problema de saúde, seja ele temporário ou permanente, e ajudá-la a buscar estratégias que mobilizem o máximo potencial", avisa o professor da Unesp. Também por isso é importante que o profissional seja criativo para desenvolver estratégias para resolução dos problemas que as pessoas apresentam. Silva ainda lista ser observador, ter sensibilidade, ética e respeito entre os predicados necessários para seguir carreira.

O que vem por aí - A inclusão de alunos com necessidades especiais é uma das novas frentes para o profissional da Terapia Ocupacional, que trata da adaptação para estes estudantes e também do mobiliário escolar que utilizam. Nas empresas, a atenção redobrada na prevenção de doenças ocupacionais é outra área com grande demanda por profissionais qualificados. "Tem crescido a inserção do terapeutas ocupacionais na área social, cuja atuação é realizada junto a pessoas que vivem em condições de vulnerabilidade", exemplifica Silva.

Diferencial - Antes de mais nada, conheça a profissão. "Busque conhecer as atuações da Terapia Ocupacional em parcerias com outros profissionais", aconselha o professor da Unesp. A idéia é aliar teoria e prática para desenvolver o potencial do aluno. "O estudante deve procurar aproveitar todas as oportunidades de conhecimento oferecidas, ser bastante aberto a absorver novidades", avisa Silva.

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