quinta-feira, 24 de junho de 2010

Ciências Econômicas

Alternância entre crise e crescimento desafiam novo profissional


Após mais de duas décadas de crises e turbulências, a economia do Brasil experimentou, nos últimos anos, uma relativa estabilidade, com taxas de crescimento significativas, elevados saldos no comércio externo, forte ingresso de capitais estrangeiros e reservas em moedas internacionais superiores à dívida externa. No entanto, desde 2008 uma nova crise financeira internacional vem desestabilizando as economias mundiais, reduzindo a produção e o comércio global de bens e serviços, o que afeta o crescimento brasileiro recente. À medida que o sistema econômico se move, intercalando fases críticas e de expansão, novos problemas demandam cada vez mais o trabalho do economista.Descontrole inflacionário, planos de estabilização e confiscos podem ter saído de cena, mas outros temas não menos importantes ingressaram na agenda, como crescimento nacional e mundial sustentável, controle da taxa de juros e de câmbio, redução da miséria, competição (ou ameaça) vinda dos países asiáticos, fontes alternativas de energia, problemas ambientais. Condições que possibilitam ao economista múltiplas formas de inserção e atuação no mercado de trabalho.Um profissional da área pode desempenhar um vasto número de atividades, em vários segmentos da sociedade. Além das funções tradicionais no setor privado, como empresas, bancos, instituições patronais e sindicais, e na administração pública, nos governos federal, estadual e municipal, existe ainda um significativo campo de atividades em assessorias e em instituições de pesquisa, públicas e privadas. O economista pode ainda seguir a carreira acadêmica, como professor e pesquisador.No dia-a-dia de seu trabalho, o economista pode se dedicar às questões relacionadas à macroeconomia, como, por exemplo, crescimento econômico, controle da inflação, distribuição da renda, ou às finanças públicas. Também pode colaborar na formulação de políticas públicas para diversas áreas, como, por exemplo, a científica e a tecnológica, de educação e saúde, ou para a promoção do investimento e da inovação para o desenvolvimento de longo prazo do País. Outra alternativa é trabalhar com temas relacionados às estratégias das empresas e dos países, avaliando os setores da economia, fazendo controle de ativos e geren­ciando o portfólio.No Brasil, definir as regiões com melhores condições de emprego depende do segmento de atuação do profissional. Se ele pretende trabalhar no sistema financeiro, as melhores oportunidades costumam estar no Sudeste. Por outro lado, com a expansão da agricultura, o Centro-Oeste tem gerado muitas oportunidades.Com tantas possibilidades de atuação, o futuro economista deve ter conhecimentos tanto de humanidades quanto de ciências exatas, principalmente matemática e estatística. A integração desses conhecimentos permite que o estudante apreenda com maior facilidade os diferentes temas e abordagens da teoria econômica. É em razão desta multidisciplinaridade que o curso de Economia está inserido na área de Ciências Sociais Aplicadas. Assim, uma formação teórica sólida deve permitir que o profissional possa renovar cotidianamente este aprendizado.

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