quinta-feira, 24 de junho de 2010

Engenharia Têxtil

Que tal reunir moda e engenharia na mesma profissão? Esta é a base do trabalho do engenheiro têxtil. O profissional é responsável por desenvolver processos nas áreas de fibras têxteis, fiação, tecelagem, malharia, tratamentos têxteis, confecção e controle de qualidade. Ou seja, participa desde a extração do algodão até a confecção do vestido.
"O segmento têxtil se caracteriza pela extração de fibras naturais, como algodão, seda e lã, fabricação de fibras artificiais, como acetato e viscose, e fabricação de fibras sintéticas, como poliéster e poliamida. As fibras, por sua vez, dão origem a fios e filamentos que formarão a trama e o urdume dos tecidos. A cor, o brilho, a maciez e os 'efeitos especiais' são incorporados para dar características diferenciadas aos tecidos. O controle no processo e os diversos tipos de ensaios em materiais têxteis são realizados para alcançar a qualidade necessária no produto. A modelagem, o corte e a costura fecham a cadeia têxtil, seguindo a tendência da moda e satisfazendo a exigência do consumidor", ensina a professora Danielly Silva de Aquino, chefe do departamento de Engenharia Têxtil da Universidade Estadual de Maringá (UEM), no Paraná.

Mercado - O profissional da área encontra emprego na cadeia têxtil. Pode trabalhar na supervisão técnica, com planejamento, treinamento e gerenciamento dos processos de fabricação, em consultoria, assessoria e projetos industriais. Também pode se dedicar a pesquisas no desenvolvimento de novos produtos, processos, equipamentos e acessórios.
O piso para o engenheiro têxtil é o mesmo que para as demais engenharias: seis salários mínimos para jornada de trabalho de seis horas e nove salários mínimos para jornadas de oito horas, diz Danielly.

É pra você? - É preciso que o futuro profissional mescle habilidades das ciências exatas com muita
criatividade. Deve gostar de matemática, química e física e dominar a língua inglesa e informática. "Também é importante que tenha interesse por novas técnicas e tecnologias e bastante capacidade de comunicação", diz a professora da UEM.

O que vem por aí - O crescimento do setor têxtil leva na carona o profissional da área, apesar do aumento da importação de produtos, especialmente da China e arredores. Há o desafio de produzir mais a preços baixos ou com maior valor agregado, o que estimula a contratação de profissionais do setor.

Diferencial - Para quem quer se destacar já na faculdade, a dica da professora é diversificar. "É importante realizar durante o curso estágios extra-curriculares em diferentes segmentos da cadeia têxtil", comenta. Ela aconselha ainda procurar participar de projetos de pesquisa, ensino e extensão.

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