quinta-feira, 24 de junho de 2010

Design


O design é a atividade responsável por determinar as características funcionais, estruturais, estéticas e formais de um produto ou de um conjunto de produtos para fabricação em série. A maior contribuição da profissão está na melhoria da qualidade dos objetos – do seu design, portanto – e da sua qualidade estética, compatibilizando exigências funcionais com restrições de ordem econômica.O desenhista industrial procura situar seu trabalho entre as necessidades reais dos usuários e os anseios daqueles que produzem e comercializam, reduzindo ao mínimo os conflitos na relação produtor/produto/usuário.Este profissional deve desenvolver um método de trabalho que torne possível dominar um conjunto de conhecimentos e informações de ordem técnica, ergonômica, psicológica, mercadológica, estética, econômica e cultural, gerando alternativas que permitam encontrar uma solução final para o produto.Para que isso se concretize, ele atua sempre em equipes multidisciplinares, colaborando com as mais diversas áreas do conhecimento, de acordo com a natureza do projeto, contribuindo na escolha de alternativas e soluções para um dado produto.A área de atuação desse profissional é muito ampla, e ele pode dedicar-se, com igual desenvoltura, ao assessoramento de empresas, à orientação, direção, consultoria, formulação e execução de estudos, às análises e aos planejamentos e pesquisas em áreas próprias do Design ou Desenho Industrial e em entidades públicas ou privadas de qualquer setor. Nenhuma atividade é estranha ao designer, desde que ela tenha como objetivo a melhoria das condições de vida e de informação do homem.Há, no curso oferecido pela UNESP (leia quadro abaixo), as habilitações em Design Gráfico e em Design do Produto. A primeira cuida de produtos bidimensionais – desde a diagramação de um folheto até a programação complexa de informações visuais para serviços de tráfego de uma cidade, passando pela criação de identidade visual para empresas, projetos gráficos de livros, jornais, revistas, cartazes e rótulos, soluções visuais para padronagem de tecidos e projetos audiovisuais e digitais.O profissional desta área otimiza a relação que se estabelece entre o ser humano e a informação, trabalhando a partir das necessidades determinadas pelo homem como usuário dessa informação. É sua responsabilidade acompanhar o desenvolvimento de um produto da criação até a produção final.No segundo caso, como o próprio nome indica, quem trabalha em Design do Produto deve responsabilizar-se pela criação dos mais diversos produtos que o homem usa em seu dia-a-dia. Ele terá seu lugar assegurado, seja nos modestos parques industriais das pequenas e médias cidades do Interior, seja nos grandes centros industrializados, sempre trabalhando em asso­ciação com profissionais das mais diversas áreas.
Criatividade a postos e muita organização. Esta é a vida do designer, o profissional que cria desde as páginas de uma revista - ou de um site na internet - até a cadeira que você está sentado. Responsáveis pelo desenho tanto de objetos quanto de publicações, o profissional precisa aliar a beleza à funcionalidade e à praticidade.
As faculdades oferecem entre quatro e cinco anos de curso e, conforme a diretora administrativa da Associação dos Designers Gráficos do Brasil (ADG), Fabiana Soccol, a grade curricular normalmente é voltada para design gráfico e de produto, ou ainda sob o nome de desenho industrial. "A partir daí, o estudante escolhe entre uma das duas formações e pode seguir sua carreira conforme a especificidade escolhida, como por exemplo designer de embalagem, de móveis, digital...", explica.

Mercado - Trabalho é o que não falta para o designer. Segundo Fabiana, o profissional tem diversas áreas de atuação possíveis. "As mais conhecidas são design gráfico, de produto, design de embalagens e design digital, ou webdesign", e o trabalho pode ser exercido em agências de publicidade, de design, indústrias ou em escritórios próprios. Para ela, a área está com déficit de bons profissionais. "Há um grande número de novas faculdades de dois anos de curso que não preparam os estudantes para o mercado e nem o ensinam o conceito de design, tão importante para um projeto bem elaborado", diz. Não há um piso salarial.
É pra você? - Detalhista, pesquisador, criativo, comprometido. Estas são as principais características do futuro designer, mas não as únicas. A designer Daniele Doneda, 31 anos, formada na Universidade Federal do Paraná, comenta que a capacidade de estar sempre atualizado é primordial. "Sem saber o que está acontecendo no mundo, quais são as tendências, o que está sendo lançado, você pode ser só um bom executor de idéias antigas", afirma. E complementa: "Nossa função é agregar usabilidade ao que fazemos, seja um anúncio, uma revista, um cartaz. Não somos artistas plásticos, usamos isso para um fim específico que não pode ser esquecido nunca".
Fabiana, que além de diretora da ADG é sócia de uma empresa de design, lembra ainda das noções técnicas essenciais para o profissional: conhecimento em conceituação de projeto, metodologia de projeto, ergonomia, produção gráfica, tipografia, diagramação, significado, usabilidade e teoria das cores. "Antes mesmo de saber como mexer em um software como Photoshop, Illustrator, Indesign...", afirma.
O que vem por aí - O final da década de noventa trouxe uma verdadeira revolução para os designers, com a introdução do trabalho na web. Daniele Doneda lembra que "antigamente, nosso mundo girava em torno do papel: revistas, jornais, publicidade. Agora tem toda uma gama de outras chances de trabalho". No que tange ao design de produto, as oportunidades também são promissoras. É que com as pessoas cada vez mais trabalhando em escritórios, diante de computadores, a ergonomia, outra função dos designers, é a bola da vez. "Os designers terão muito trabalho pela frente para adaptar os objetos, móveis, sites, celulares e muitos outros itens que influenciam diariamente a qualidade de vida do ser humano", avalia Fabiana, da ADG.
Diferencial - Estágio, estágio e mais estágio. Essa é a dica de quem já se deu bem na área. "Procure os mais diversos tipos de empresa de design. Mas não se importe com o salário, e sim com o conhecimento agregado, até que você encontre seu caminho e escolha uma área de sua preferência", ensina Fabiana. Outra dica vem da designer Alessandra Kalko, 31 anos, formada em desenho industrial pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). "Participar de eventos estudantis, seja na organização, seja como participante, é uma ótima oportunidade de fazer contatos com pessoas de outras partes do país e com profissionais que estão se destacando no momento. Esses contatos, quando bem cultivados, podem render bons frutos profissionais e amigos para o resto da vida", ensina.

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