Comércio Exterior

O mercado cada vez mais aberto e sem fronteiras entre o países e a ampliação de negócios de importação e exportação entre empresas de todos os portes vêm alargando as oportunidades para os traders, como são chamados os profissionais de Comércio Exterior. "O campo de atuação dos profissionais encontra-se em franca expansão", avalia Werner Kugelmeier, diretor da escola WK Prisma Educação Corporativa, de Campinas (SP). "São cada vez mais necessários administradores capacitados a atuar em um mercado sem fronteiras e sem ilhas altamente competitivo."
Movidos pelo desejo de rodar o mundo, como mascates do futuro, muitos estudantes apostam no setor como uma alternativa para realizar este sonho, mas Kugelmeier avisa: "viajar é importante, mas longe de ser tudo, não acontece no início da carreira, a não ser que o profissional comece a carreira em uma trading company". O bacharel em Comércio Exterior desenvolve atividades como análise de cenários econômicos e tecnológicos do exterior, pesquisa, planejamento, análise e administração de oportunidades para importação e exportação de produtos, assessoria em negociações de compra e venda e gerenciar logística, transporte, seguros, desembaraço, câmbio e finanças necessários para efetivar comercializações internacionais, entre outras funções.

Mercado - Conforme Kugelmeier, o campo de atuação para o trader é amplo. O profissional pode atuar em organizações privadas, em indústria e comércio, nos departamentos de comércio exterior; em instituições financeiras, nas áreas de câmbio e seguros, em empresas de logística, nas áreas de planejamento logístico, armazenagem e transporte internacional; como despachantes aduaneiros; ou consultores.
Em organizações públicas, as funções do profissional de Comércio Exterior podem, preferencialmente, atuar em unidades do Ministério das Relações Exteriores, como consulados e embaixadas, ou em órgãos do Ministério do Desenvolvimento, na Secretaria de Comércio Exterior. Os traders encontram ainda vagas em organismos internacionais como o FMI, a OMC e o Mercosul e em associações empresariais, comerciais e industriais. "As atividades de ensino, pesquisa e extensão também são um campo promissor", diz Kugelmeier. A média salarial para o recém-formado varia entre R$ 2.000 e 3.000, conforme o porte e local da empresa. "O Estado de São Paulo concentra o maior número de ofertas de emprego, seguido pelo Rio de Janeiro. Há boas perspectivas principalmente nas regiões Nordeste e Sul", afirma.

É pra você? - Para se dar bem na profissão, o especialista Werner Kugelmeier aposta em um perfil eclético: raciocínio lógico, rápido, crítico e analítico, além de saber lidar com números é muito importante, mas não é só isso. Toda essa racionalidade tem de vir de mãos dadas com muito jogo de cintura, facilidade em se comunicar e se relacionar. Todas características que permitem "resolver e antecipar-se rapidamente face às situações novas e problemas detectados", diz Kugelmeier.

O que vem por aí - Conforme Kugelmeier, um ramo atrativo que vem demandando esse profissional é o de consultoria. Nesse caso, ele atua como autônomo prestando assessoria para empresas. O profissional poderá atuar ainda, no Brasil ou no exterior, junto aos canais de comercialização e distribuição de produtos, elaborando, implementando e avaliando políticas de comercialização nos diversos mercados. Uma outra alternativa é atuar em trading companies, empresas que se concentram na prospecção e mediação de compra e venda internacionais.

Diferencial - Para se destacar na faculdade desde cedo, comece a estagiar. "É complicado absorver o choque entre ensino puro e trabalho aplicado; é sempre aconselhável trabalhar no ramo enquanto se estuda", afirma Kugelmeier. Outra sacada interessante já aplicada - e aprovada - por alunos de Comércio Exterior é a criação de empresas júnior. "Diante da necessidade de aplicar os conhecimentos adquiridos durante o curso superior, um grupo de estudantes da Unicamp decidiu formar uma associação com o objetivo de oferecer às empresas pesquisas de mercado e outros serviços a preços acessíveis", conta Kugelmeier.
Redação Terra