sexta-feira, 25 de junho de 2010

Moda

No mercado há 28 anos, a professora Raquel Valente, coordenadora do curso de Moda da Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo, sabe que a profissão desperta fantasias em quem está decidindo a carreira que vai seguir. "Muitos estudantes acham que fazer moda é apenas o glamour da passarela, mas logo descobrem que é uma profissão como outra qualquer, com todas as dificuldades e recompensas", diz.
Ela mesma é um exemplo dos diferentes campos que a profissão abrange. Já atuou como estilista, gerente de produto e no ensino de moda. Com a expansão do mercado no País, não há mais espaço para improviso, e cursar uma faculdade tornou-se requisito. É importante, no entanto, conhecer bem o perfil da instituição antes de optar. "O candidato deve escolher uma faculdade que atenda seus anseios, verificar o perfil dos formados pelo curso, checar se ele é mais voltado para marketing e negócios ou se prioriza o design e criação", acrescenta Raquel.
Durante o curso, o aluno entra em contato com diferentes disciplinas, de História da Arte a Administração: a formação visa a tornar o estudante apto a absorver tendências e desenvolver criações que possam tornar-se realidade, atingindo o público consumidor.

Mercado - Para quem quer apostar na criação, as principais áreas de atuação são como estilista de confecções, designer de calçados, acessórios e jóias. Na área de criação, o mercado vai além da concorridíssima moda feminina: áreas como moda infantil, masculina, jeans e lingerie são um campo vasto para bons profissionais.
Com a formação em moda, dá para trabalhar também na programação visual de lojas e no desenvolvimento de figurinos para TV, teatro e cinema. Outros profissionais optam pela produção de moda para publicações, comerciais, desfiles e eventos. Na indústria e em grandes confecções, os cargos de gerente de produto e comprador também atraem os profissionais de moda. A modelagem, área responsável por tornar realidade as criações do estilista, é um campo com muitas vagas para profissionais especializados.
"A maior dificuldade acontece quando o aluno se fecha. Como o mercado é muito dinâmico, é importante que haja um grande envolvimento com diferentes atividades para conquistar espaço", diz Raquel. Não existe piso salarial para o profissional de Moda, e os valores variam de acordo com a área e a região do País. Em São Paulo, Raquel estima que estagiários recebam entre R$ 600 e R$ 1,5 mil, e recém-formados, de R$ 2.500 a R$ 5.000.

É pra você? - A profissão é muito mais do que o trabalho do estilista, mas a criatividade continua sendo uma característica indispensável. Se você é dinâmico, inquieto e não tem medo do novo, as chances de achar um lugar na área crescem. Interesse por história e arte é altamente recomendável.

O que vem por aí - A moda segue a preocupação crescente com a preservação do planeta, o que torna a pesquisa com materiais que não agridam a natureza um campo promissor. Os tecidos são os atuais responsáveis por uma revolução na profissão. Cada vez mais estilistas envolvem-se em projetos na área têxtil, colaborando no desenvolvimento de fibras e criando peças que utilizam os chamados tecidos inteligentes - que podem oferecer desde o bloqueio dos raios nocivos do sol até a condução de dados.

Diferencial - Deixe a arrogância de lado e ouça os mestres. Essa é a dica de ouro da coordenadora do curso de Moda da Faculdade Santa Marcelina, Raquel Valente. Estude muito, mantenha-se informado, participe de atividades extras do curso. Saber costurar e desenhar também são requisitos para quem quer ser estilista. Adquirir essas habilidades antes de entrar na faculdade não é essencial, mas ajuda a se destacar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário