sexta-feira, 25 de junho de 2010

Relações Públicas - Comunicação Social



O século XXI trouxe para a profissão de relações públicas – ou, abreviadamente, RP – o reconhecimento de sua importância, ainda que tardiamente. Os diferentes setores da sociedade com os quais esse profissional se comunica – acio­nistas, mídia, comunidades, governos, consumidores – influenciam cada vez mais a vida das empresas. E o RP é, em última análise, o responsável pela imagem externa que as pessoas têm das organizações. É ele quem zela por valores como credibilidade e reputação. Em linhas gerais, este profissional pode ser descrito como uma espécie de estrategista da comunicação.Em seu cotidiano profissional, o relações públicas busca construir elos harmônicos e duradouros entre as organizações e seus públicos, fazendo a interface entre eles. Ele ajuda a decidir quando e como fazer ações de comunicação. Por isso, tem de conhecer muito bem a empresa em que trabalha e atuar em conjunto com a diretoria.O formado em Relações Públicas deve ser capaz de assumir responsabilidades diversas. Precisa saber, por exemplo, administrar o relacionamento das organizações públicas, privadas ou do terceiro setor, por meio de estratégias de comunicação e da elaboração de diagnósticos, prognósticos e políticas adequadas.A lista de atribuições de um RP é extensa. Ele deve ter competências profis­sionais, sociais e intelectuais para desenvolver atividades de criação, produção, distribuição, recepção e análise crítica das mídias e de suas inserções culturais, políticas e econômicas. Precisa conhecer as demandas sociais e ser capaz de se adequar à complexidade e à velocidade do mundo atual. Necessita, ainda, ter uma visão integradora e genérica, especialização em seu campo de trabalho e habilidade de saber utilizar criticamente o instrumental teórico e prático oferecido no curso.O mercado de trabalho está em expansão e há boas oportunidades de emprego. As melhores chances aparecem nas capitais e nas grandes cidades industrializadas do Interior. Fora dessas regiões, embora já percebam a importância de ter um relações públicas por perto, as empresas ainda não se mostram dispostas a arcar com o custo de mantê-lo em seus quadros.

Um dos cursos que formam o tripé da Comunicação Social em grande parte das universidades - junto com Jornalismo e Publicidade e Propaganda - a faculdade de Relações Públicas forma profissionais que funcionam como verdadeiras pontes de comunicação nas empresas. Dentro deste conceito, o RP, como é chamado o profissional, pode atuar em duas frentes: na comunicação interna, fazendo as informações da empresa circularem entre os colaboradores, ou externa, levando informações aos diferentes públicos de interesse da companhia para a qual trabalha.

Mercado - Segundo a coordenadora do curso na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Souvenir Maria Graczyk Dornelles, o RP, como é chamado o profissional, costuma atuar dentro de grandes empresas, nas áreas de comunicação corporativa, comunicação interna ou endomarketing. O leque de empregos também inclui assessorias de comunicação, empresas de pesquisas e auditorias de opinião, consultorias de planejamento e organização de eventos, produção cultural, prevenção e gerenciamento de crises de imagem e campanhas de relações públicas. Hoje, a média salarial para um recém-formado gira em torno de R$ 1,6 mil.

É pra você? - A professora da PUCRS lembra que, como em todos os cursos sob o guarda-chuva da Comunicação Social, é preciso gostar de pessoas. Curiosidade, flexibilidade para poder trabalhar relacionamentos com os mais diversos públicos, desenvolvimento de visão estratégica são outras características essenciais para ser um relações públicas bem-sucedido.

O que vem por aí - Souvenir diz que há pesquisas que indicam que Relações Públicas está na lista das 10 profissões mais promissoras. "Finalmente, executivos, governantes, empresas e instituições de um modo geral vêm percebendo 'relacionamento' como sendo a palavra-chave para o futuro sucesso organizacional", afirma. Conforme a coordenadora, o aumento da exigência dos consumidores de posturas transparentes de empresas públicas e privadas, além da visibilidade proporcionada pela mídia e pelas novas tecnologias, valoriza a atividade, abrindo novos espaços de trabalho. "Assim, todas as áreas que implicam negociação, conflitos e crises, comunicação digital, novas linguagens de comunicação, ouvidorias e relações com a mídia estão em expansão", cita.

Diferencial - Apesar de não ser obrigatório, o estágio é fundamental desde o começo do curso, que dura quatro anos. "Uma das principais dificuldades para quem está começando, como em toda a profissão, é a experiência exigida por parte dos espaços de trabalho. Mas tem que, de alguma forma, começar. E isto tem que ocorrer durante o curso, não deixando para depois de formado", avisa Souvenir.
Outras dicas da professora: aproveitar o ambiente que a faculdade proporciona. "Ou seja: trabalhar nos laboratórios experimentais junto com os professores orientadores, já começando sua rede de relacionamentos, ler muito, buscar informações de mercado, falar e escrever outro idioma e, acima de tudo, ir além, se interessando em acompanhar a evolução da sociedade.

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