quinta-feira, 24 de junho de 2010

Fisioterapia


O objetivo fundamental do fisioterapeuta é atuar na prevenção, cura ou reabilitação da capacidade física funcional das pessoas, em qualquer idade. Ele busca aumentar a qualidade de vida e a auto­es­tima dos pacientes.A Fisioterapia exige conhecimentos não apenas das Ciências Biológicas, área de origem da profissão, mas também das Humanidades. O fisioterapeuta é um profissional da equipe da área de Saúde que trabalha praticamente todos os dias com o paciente, e por isso tem mais habilidade em identificar não apenas suas necessidades físicas funcionais, como também as sociais e as emocionais.A profissão foi regulamentada no Brasil em 1969 e experimenta um acelerado crescimento desde a década de 1980. Como os recursos terapêuticos vêm evoluindo constantemente, a educação continuada é fundamental para o fisioterapeuta, ao mesmo tempo em que os avanços científicos e biotecnológicos exigem que as universidades mantenham sempre atualizados seus conteúdos curriculares e sua infraestrutura.O campo de trabalho do fisioterapeuta inclui centros de reabilitação, casas de repouso, escolas, clubes esportivos, clínicas de estética, clínicas e consultórios fisioterapêuticos, hospitais, centros de saúde, empresas e faculdades. Nos últimos anos a demanda tem crescido especialmente em dois setores: o de academias, em decorrência do aumento do interesse dos brasileiros pela boa forma; e o de empresas, bancos e indústrias, pela preocupação com a saúde do trabalhador.O profissional graduado e registrado nos conselhos regionais de fisioterapia pode atuar como fisioterapeuta, consultor, professor e gerenciador de institutos de saúde e pesquisador. E ainda em apoio a diversas especialidades médicas, como cardiologia, pneumologia, urologia, ginecologia e obstetrícia, geriatria, derma­to­lo­gia, neurologia e ortopedia.Como ferramenta de trabalho para prevenir e curar patologias, o fisioterapeuta tem à disposição recursos físicos e naturais, como água, calor e frio, e recursos tecnológicos, como microondas, ondas curtas e eletricidade. São usados para reor­ganizar o sistema neuromuscu­loes­que­­lético do paciente, de modo a melhorar sua qualidade de vida.Dentro de uma perspectiva mais social, há outro campo de atuação: o PSF (Programa Saúde da Família), do go­verno federal, no qual o fisioterapeuta centra sua prática assistencial na família, buscando garantir equidade no acesso à saúde, avançando na superação das desigualdades.
Apto a tratar desde o nerd alucinado por computador que sente dor no pulso até alguém que se recupera de uma grave lesão de coluna, o fisioterapeuta é o profissional conhecido por colocar as pessoas "nos eixos". Por meio de tratamentos específicos, o fisioterapeuta pode atuar em consultórios, centros de reabilitação, asilos, escolas, clubes, academias, residências, hospitais, empresas, unidades básicas ou especializadas de saúde, pesquisas, entre outros, tanto em serviços públicos quanto privados.

Mercado - O profissional costuma optar pela área clínica, voltada à reabilitação, com uma média salarial entre R$ 1.700 e R$ 2.700, conforme a supervisora de serviços de apoio à carreira da consultoria de recursos humanos Catho, Gláucia Costa. "Este campo oferece mais chances e há possibilidade de atuação mesmo sem experiência prévia", avalia. Ingridh, do Conselho Nacional de Fisioterapia, diz ainda que os recém-formados têm mais chances de encontrar oportunidades fora dos grandes centros. "O interior padece sem os cuidados profissionais que a fisioterapia pode suprir, especialmente na área da saúde pública", comenta.
Para os recém-formados, a maior dificuldade é um mercado de trabalho saturado nos grandes centros urbanos. Outro problema é o investimento financeiro inicial para quem resolve montar a própria clínica. A má-remuneração para quem deixou a universidade há pouco também é apontada como problema, além da qualidade duvidosa de cursos de aprimoramento profissional. É preciso se informar sobre a idoneidade das especializações.

É pra você? - Gostar da área de saúde é o principal pré-requisito, mas não o único. Ingridh considera como características importantes para o futuro fisioterapeuta saber ouvir mais do que falar, para compreender o paciente e suas necessidades, além de estudar bastante para acompanhar as inovações na área.

O que vem por aí - O principal nicho para os fisioterapeutas se dará no campo da saúde coletiva: oportunidades em hospitais, comunidades, empresas, academias, grupos e grupos de risco serão as mais comuns, especialmente na área da prevenção de doenças. Outro destaque são os atendimentos de alta complexidade a domicílio, seguindo uma tendência da área da saúde, o home care.

Diferencial - Para a consultora da Catho, a empregabilidade é ampliada através de cursos de especialização voltados à reabilitação de acidentados ou deficientes físicos. "Atualmente há um grande número de instituições voltadas a estes cuidados e nestas os profissionais com especialização têm mais chances de ingresso na área", explica Gláucia Costa. Já Ingridh aconselha os estudantes a buscar uma formação mais humanística e não apenas técnica, para se tornar um profissional ainda melhor.

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