quinta-feira, 24 de junho de 2010

Comunicação Social -Jornalismo


Profissional deve ser curioso e ter uma postura crítica


O mercado de trabalho é bastante disputado, e os órgãos de imprensa estão com suas equipes de jornalistas cada vez mais “enxutas”, mas ainda há boas oportunidades. Os alunos da UNESP costumam ser bem-avaliados pelo mercado, e muitos conseguem boas colocações nas principais empresas de comunicação brasileiras. Geralmente, começam a carreira no Interior e, depois, vão para as capitais, podendo assumir, com o tempo, cargos de chefia.A maior fatia do mercado, hoje, está nas empresas de assessoria de comunicação, que é o setor que mais cresce. Apesar dessa ampliação de vagas, no entanto, as empresas não têm contratado no regime tradicional de carteira assinada. Há muitos jornalistas trabalhando como freelancers, isto é, prestando serviços sem vínculo empregatício.É desejável que o profissional de imprensa tenha algumas características pessoais específicas, como ser comunicativo e curioso. Mas a principal delas é ter interesse pelo que é público, por aquilo que o leitor ou o ouvinte querem saber. O jornalista precisa ir além do que é de seu interesse privado, pois a maior parte do seu trabalho será informar a sociedade sobre temas do interesse dela.O hábito da leitura é importante. E os bons autores ensinam muito: noção de ritmo, de como prender a atenção do leitor e o poder de concisão, por exemplo. O espaço para notícias costuma ser pequeno, seja na imprensa escrita, na TV ou na Internet.Manter uma postura crítica em relação à informação é uma atitude fundamental para que o jornalista desempenhe bem sua função. E essa é uma qualidade que se adquire com uma boa formação, mas também com boas leituras, com cursos de especialização e com a constante atualização dos conhecimentos apreendidos na graduação.Além das ocupações tradicionais – em redações de revistas ou jornais, em emissoras de TV, em rádios ou assessorias –, o jornalista pode, ele mesmo, abrir sua empresa. É uma tendência muito observada entre os recém-formados. Trata-se de uma fatia de mercado que tem se mostrado muito promissora.


Uma das profissões que mais têm despertado o interesse dos vestibulandos, o Jornalismo atravessa uma fase de mudanças. Os nichos clássicos de desenvolvimento profissional, como rádio, jornal e televisão, dividem espaço hoje com sites e portais de Internet, que se tornaram importantes fontes de informação. As atividades de assessoria de imprensa também oferecem boas oportunidades para os jornalistas.
O curso tem duração de quatro anos, e o currículo enfatiza a formação humanista do estudante. O objetivo é habilitar o jornalista a registrar os fatos e transmiti-los ao público em forma de notícias, reportagens, artigos de opinião, entre outros. As faculdades também fornecem disciplinas complementares, como noções de administração, economia e informática, conteúdos essenciais para um mercado de trabalho que também pode exigir empreendedorismo, como a abertura de uma empresa jornalística.

Mercado - A jornalista Daniela Madeira, diretora da Agência Radioweb, destaca que a Internet permite diversas possibilidades ao jornalista. "Os brasileiros são os que ficam mais tempo online. Audiência não é problema, o negócio mesmo é a diferenciação", afirma. Conforme Daniela, a opção por produzir para a web é atrativa também pelos custos menores se comparados aos veículos ¿físicos¿. Permanecem como áreas importantes de atuação os jornais impressos, revistas, emissoras de televisão, de rádio e assessoria de imprensa em empresas públicas e privadas. Para a área de ensino, formação acadêmica mais específica, com mestrado e/ou doutorado, é exigida. A remuneração salarial é diferenciada por Estados, conforme os sindicatos. Na média, o salário inicial é de R$ 1.000.

É pra você? - Entre as aptidões necessárias, especialistas destacam o interesse pela leitura, que deve ser reforçado constantemente. A curiosidade, uma das características essenciais do jornalista, faz com que o profissional esteja sempre em busca de um enfoque novo, o "furo", no jargão jornalístico. Também são essenciais ao jornalista a capacidade de observação, o raciocínio lógico, habilidade para escrever com clareza e concisão, e equilíbrio emocional diante de pressões.

O que vem por aí - A disseminação de novas tecnologias, como Internet e celulares, abriu novas vagas e tem promovido uma mudança no perfil do profissional. Não basta apurar e redigir bem uma reportagem, é preciso pensar em como torná-la atraente para Internet e outros meios. Dessa forma, o jornalista hoje deve acompanhar o desenvolvimento de novas ferramentas. Os blogs também vêm se disseminando como meio de informação. Em áudio e vídeo, podcasts e telejornais exibidos via Internet vêm ganhando espaço no mercado, que era dominado pelas mídias tradicionais.

Diferencial - Para se diferenciar ainda durante a faculdade, a participação em estágios é fundamental. Desde os primeiros semestres, a inserção gradual no mercado de trabalho ajuda o estudante a se familiarizar com as especificidades do trabalho. Estudante do oitavo semestre de Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Guilherme Castelli salienta que, além dos estágios, é importante também se dedicar nos trabalhos acadêmicos. "Muitas vezes são eles que nos dão a prática que, mais tarde, o mercado irá exigir", diz.
Atualmente, ele estagia na assessoria de imprensa de uma empresa da comunicação, após ficar por um tempo na área de relações corporativas de um banco. "O trabalho em assessoria de imprensa surgiu como uma alternativa. Concordo com quem diz que é algo bem diferente do jornalismo praticado em veículos, quase o oposto. Em alguns quesitos, como remuneração e condições de trabalho, oferece vantagens", afirma Castelli.


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